Tremor

Número de mortos por terremoto na Itália chega a 120

O tremor foi registrado às 3h36 (hora local), com epicentro a 2 quilômetros (km) da cidade de Accumoli, situada a 145 km de Roma, onde o sismo também foi sentido

Atualizado às 15h15min

O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, afirmou nesta quarta-feira (24) que o número de mortos em um forte terremoto no centro do país subiu para 120. Durante entrevista coletiva, Renzi comentou o episódio, que começou com um terremoto ocorrido durante a madrugada de terça para quarta-feira.

Várias pequenas cidades foram devastadas na montanhosa região do centro da Itália e muitas pessoas estão presas entre os escombros. Equipes de resgate e moradores têm agido para libertar sobreviventes e buscar mais vítimas.

Soldados e equipes de emergência ajudam a resgatar pessoas e a tratar os feridos nas cidades mais atingidas, Amatrice, Pescara del Tronto e Accumoli. "O centro de Amatrice está completamente destruído", disse o presidente da região de Lazio, Nicola Ningaretti.

As equipes de resgates enfrentam dificuldades para chegar até as vítimas por causa dos escombros espalhados pelas ruas das cidades e devido aos mais de 100 tremores secundários.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) estima que o terremoto teve magnitude 6,2 e apontou que seu epicentro foi em Norcia, cerca de 170 quilômetros a nordeste de Roma. Já o Centro Sismológico Europeu do Mediterrâneo calculou a magnitude do tremor em 6,1.

Susto
A brasileira Alessandra Ribeiro, que mora em Cesenatico, na região de Emília-Romanha, relatou à Agência Brasil os momentos de tensão que passou ao ser acordada de madrugada por causa do terremoto. Apesar de estar a cerca de 150 quilômetros do epicentro do tremor, registrado a 2 km da cidade de Accumoli, Alessandra, de 50 anos, contou que ela e sua família levaram um susto por volta das 3h30min da madrugada, quando acordarem com as camas chacoalhando.

“Acordei com a cama balançando, pois aqui eram 3h36 da manhã de hoje aqui na Itália. Imagino como foi lá na região”, disse ela, que é casada com um italiano e tem dois filhos, de 20 e 17 anos. “Terrível”, foi a palavra que usou para descrever a sensação de despertar em meio ao tremor. Diversas pessoas passaram o resto da noite de pijama nas ruas.

Há 16 anos na Itália, Alessandra disse ter diversas memórias de tremores na região, mas que o desta terça-feira foi um dos mais fortes terremotos de que consegue se lembrar. Ela recordou de como a cidade de Áquila, na mesma região, também ficou destruída em 2009, com a morte de mais de 300 pessoas.

“São casas muito velhas, geralmente feitas com materiais antigos, como pedras e muita coisa antiga, que geralmente não aguentam esse tipo de terremoto. É por isso que a cidade acabou toda”, disse ela sobre as características das construções na região em que mora e, mais especificamente, em referência à Vila de Amatrice, onde houve o maior número de mortes confirmadas.

Algumas vilas, como Amatrice e Arquata del Tronto, ficaram reduzidas a escombros, praticamente sem nenhuma construção de pé. O alto poder destrutivo do tremor foi atribuído ao fato de seu epicentro ter sido registrado a apenas 4 quilômetros da superfície, numa região montanhosa, em que muitas construções encontram-se assentadas em terrenos inclinados.

Um número ainda não especificado de pessoas continua sob os escombros. Diversas estradas foram obstruídas por pedras, o que dificulta os trabalhos de resgate. Algumas localidades também tiveram suas instalações hospitalares inutilizadas.

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